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Exclusivo: quanto custa produzir um evento presencial de marketing digital?
+ alcance orgânico do IG caindo, marketing com influenciadores e as finanças das redes

🎤 Levantamento exclusivo: quanto custa produzir um evento presencial?
Na ressaca da pandemia, o número de eventos presenciais no nosso mercado explodiu. Muita gente que operava estritamente por meios digitais se interessou pelo modelo — e essa onda segue firme até hoje.
Para entender esse universo, Primeira Página conversou com profissionais do digital responsáveis por orçar e produzir eventos.
Esse é o tipo de coisa que você não acha no Google.
Eis os nossos achados:
Hotéis custam menos que espaços exclusivos
Quem produz eventos presenciais tem que escolher entre, basicamente, dois tipos de espaço: hotéis ou espaços exclusivos (casas pensadas para eventos, por exemplo).
Por senso comum, a tendência é pensar que hotéis, com toda sua estrutura, custam mais. Acontece o contrário, porém: a estrutura acaba justamente diluindo o custo e eles conseguem cobrar menos.
Os gastadores: espaço e infraestrutura
Montagem de palco, telão, som, iluminação: cabeça a cabeça com os custos de espaço, infraestrutura é o grande gasto de um evento presencial — e, segundo o que ouvimos, muitas vezes é a grande dor de cabeça.
Fornecedores confiáveis são difíceis de encontrar e não é incomum que problemas de última hora apareçam no grande dia — levando o custo ainda mais para cima.
Fora isso, tem um elemento opcional que pode encarecer tudo significativamente: cenografia. Se quiser deixar o ambiente instagramável e bem marcado com a identidade visual do evento, prepare o bolso. Os custos são tão altos quanto os de infraestrutura e espaço.
Aliás, para onde vai o dinheiro?
Cada evento é um evento e o porte dele influencia muito, mas, segundo nossas fontes, os grandes custos ficam mais ou menos assim:
🏟️ Espaço: entre 15% e 55% (via de regra, quanto maior o porte do evento, menor o impacto desse custo percentualmente).
🎤 Infraestrutura: de 27% a incríveis 43%.
🍕 Alimentação: de 17% a 31%.
📹 Foto e vídeo: de 7% a 25%
🛍️ Brindes: de 2% a 18%.
🧑💼 Equipe: entre 12% e 15%
Talvez você não saiba…
Nem sempre é só na amizade: alguns palestrantes cobram cachê, mesmo que não sejam, digamos, mega celebridades.
Emergência: eventos de grande porte (a partir de 1.500 pessoas) são obrigados por lei a contratar ambulâncias para atendimento médico.
Escolha de Sofia: se você sair do sudeste, consegue locação, coffee break e infraestrutura mais barata, mas… tem menos opções de prestadores para escolher e tem que gastar mais com passagens e hospedagem da equipe.
Perigo: todo mundo negligencia esse risco (segredinho do mercado), mas o ideal é alugar um gerador de energia. Se faltar luz, o espaço NÃO vai te emprestar o dele e você vai perder o evento.
Afinal de contas, quanto custa fazer um evento presencial de marketing digital?
A resposta é um grande DEPENDE, mas aqui vão alguns cenários que conseguimos estimar com gente entendida do mercado para você partir de algum lugar aí no seu planejamento:
✊ Muquirana: evento pequeno de 1 dia para 50 pessoas em São Paulo economizando em tudo, se virando para fazer acontecer — só com o projetor que o hotel oferece, sem microfone, sem palco, sem led, coffee break modesto, sem mão de obra (quebrando um galho com a sua própria equipe). | A partir de R$15.000.
👍 Mais ou menos: evento de 1 dia para 100 pessoas com o essencial (papelaria, coffee break legal, painel de led, 2 ou 3 pessoas contratadas para ajudar, microfone, música, brindes, foto e filmagem). | A partir de R$52.000.
💎 Isso aí é elite: evento de 1 dia para 200 pessoas sem rasgar dinheiro, mas sem faltar nada (coffee break generoso, led que permite o pessoal da última fileira ler bem, gerador, staff adequado, gente filmando o tempo todo, cenografia bonitinha). | A partir de R$135.000.
📉 Lembra daquela história?
Algumas edições atrás, perguntamos para você se o alcance orgânico tinha piorado. Mais de 75% dos nossos leitores afirmaram que SIM.
Agora tem dados nessa jogada: Rafael Kiso, fundador da mLabs, publicou um gráfico baseado num estudo da Social Insider ilustrando o problema.
Não é coisa da sua cabeça: o alcance orgânico caiu 18% em um ano.

🤑 Enquanto isso…
Para surpresa de ninguém, o faturamento dos grandes players do mercado de redes sociais — Meta, Alphabet e ByteDance — cresceu mais alguns dígitos.
Números divulgados recentemente (obtidos pelo The Verge) mostram a evolução das cifras e como anda a competição entre as redes.
Instagram fazendo mais dinheiro — e se consolidando como a maior fonte de receita da Meta
O Facebook ainda fatura mais, mas o Insta vem ganhando corpo. Acompanhe a escadinha:
11,3 bilhões de dólares em 2018;
17,9 bi em 2019;
22 bi em 2020;
32,4 bi em 2021;
16,5 bi no primeiro trimestre de 2022.
Passou do YouTube
Pelo menos desde 2021, a receita do Instagram vem superando a do YouTube. No ano em questão, o placar ficou 32 bi (IG) vs. 28,8 bi (YT).
E a ByteDance?
A dona do TikTok lucrou 60% mais em 2023, em comparação com o ano anterior. Lucro mesmo, não faturamento.
Passou da Tencent, dona do “WhatsApp chinês” — o WeChat.
🤳 Mercado da influência: influencers menores entregam mais resultado que os grandes

Atenção se você faz parceria com influenciadores: um estudo da BrandLovrs identificou que anunciar com os chamados micro e nano influenciadores (perfis com menos de 100 ou mesmo 10 mil seguidores) está valendo mais a pena do que com os grandes.
Custam menos e entregam mais engajamento.
🔍 Te cuida, Google: TikTok é a ferramenta de pesquisa da geração Z
Já era suspeita comum de quem trabalha na internet, mas agora ficou oficial: um estudo da Adobe mostrou que 64% dos jovens usam o TikTok como ferramenta de pesquisa.
Por quê?
Os motivos informados pelos entrevistados:
O formato de vídeos curtos é mais informativo e fácil de compreender (44%);
Eu gosto da maneira como contam histórias nos vídeos do TikTok (34%);
O conteúdo é mais personalizado (31%);
A informação é mais recente (29%);
Eu gosto de interagir diretamente com o conteúdo (29%).
Se você vende para esse público, é bom ficar de olho no movimento.
Quinta tem mais!
A Primeira Página sai sempre às segundas e quintas-feiras — não é diária para dar saudade 😉 .