🗓️ Retrospectiva 2024

Esta é a Primeira Página, a newsletter especializada no mercado digital produzida pelo SendFlow.
É informação que dá ROI.

😓 Google sob risco (pela primeira vez na história)

É assim desde os primórdios da era digital: se você precisa de alguma informação, o comportamento padrão é “jogar no Google”.

Os americanos transformaram Google até em verbo: pesquisar alguma coisa na internet é “googlar” (numa tradução bem direta [e bem esquisita]).

Muita gente já tentou tirar esse domínio do Google: Netscape, Altavista, Yahoo!, Microsoft… mas ninguém chegou nem perto de fazer algum estrago. Até este ano.

Pela primeira vez na história, o todo-poderoso está, de fato, se sentindo ameaçado.

Em vez de garimpar informação de página em página nos resultados do buscador — resultados que, convenhamos, às vezes não passam de blá-blá-blá para rankear na busca —, muita gente tem preferido fazer pesquisas usando IAs como o ChatGPT e até mesmo redes sociais como o TikTok.

A grande resposta do Google foi a “Visão Geral Criada por IA” (aqueles resuminhos que têm aparecido no topo das pesquisas), mas o remédio também é veneno.

Como a informação está logo ali, as pessoas estão deixando de ter motivos para clicar nos resultados (menos tráfego para os sites, portanto menos estímulo para publicar) e até nos links patrocinados (menos dinheiro para o Google).

Para completar o inferno astral, 2024 também foi um ano de derrotas para o Google nos tribunais pelo mundo.

Apesar de tudo isso, as ações da empresa acumulam alta de quase 40% nos últimos 12 meses, então não vá achando que essa história acaba aqui.

🤖 Inteligências artificiais: o pós-febre

Se 2023 foi o ano em que as inteligências artificiais eram a grande novidade, 2024 foi um ano para colocar as coisas no lugar.

O mundo está se recuperando do chacoalhão que foi o ChatGPT e aprendendo a lidar com essa nova figura — que agora já é parte do cotidiano.

Governos de vários países, inclusive o do Brasil, correram para regulamentar o uso de IAs.

A concorrência se mexeu: agora Meta, Google, Samsung, Apple e uma porção de outras empresas têm seus próprios “ChatGPTs” — cada uma usando o que tem de força.

A propósito, empresas de todos os segmentos enfiaram IA em tudo — de ferramentas de e-mail marketing a infoprodutores: todo mundo deu um jeitinho de surfar nessa onda.

Também não faltou gente fazendo previsões: “vai ter menos emprego”, “vai ter mais emprego”, “a humanidade vai acabar”, “a humanidade vai prosperar”. Houve profecias para todos os gostos.

📊 Um mercado mais exigente

Para quem é do mercado digital, 2024 também ficou marcado pela profissionalização. Aquela festa do período de pandemia em que qualquer um lançava qualquer coisa e ganhava autoridade instantânea parece ter definitivamente terminado.

São outros tempos: as pessoas do nosso mercado se enxergaram como donas de negócios e têm buscado tomar decisões mais racionais, baseadas em dados.

O WhatsApp Insights, estudo pioneiro do SendFlow, veio em boa hora: pela primeira vez foi feito um levantamento sobre o uso de WhatsApp em campanhas de marketing no mercado digital brasileiro.

Saíram os achismos, entraram os dados.

💬 O novo jogo do WhatsApp

Além do momento de mercado, quem também está endurecendo o jogo do digital é o WhatsApp: a percepção geral é de que nunca houve tanta pressão para o uso da API oficial e tantos banimentos.

Há dados para suportar a percepção: segundo levantamento do SendFlow (aquele mesmo da notícia anterior), 53,4% das pessoas que trabalham no digital já sofreram banimentos no WhatsApp.

Porém, nem tudo é má notícia: sabendo do cenário, o pessoal do Sendi preparou o Manual Anti-Banimento para você se proteger.

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📲 WhatsApp ganhando corpo

Ainda sobre WhatsApp: neste ano o app ganhou várias funções e vem se posicionando como mais do que uma ferramenta de mensagens.

O “Zap” ganhou poderes que antes só eram encontrados em programas como Zoom (chamadas com dezenas de participantes, compartilhamento de tela etc) e Discord (chat de voz nos grupos).

Também houve mudança na parte de pagamentos, IA integrada, transcrição de áudios, novos filtros de contatos, eventos em grupos, criador de figurinhas e mais.

🪙 A onda das bets

É consenso em outros mercados: as casas de apostas (as famosas “bets”) estão fazendo com que os brasileiros deixem de consumir.

Varejistas como Casas Bahia, Americanas, Magalu e Assaí sentiram o impacto e já há estudos dizendo que até igrejas evangélicas estão arrecadando menos.

Não é razoável pensar que o nosso mercado está imune a esse fenômeno. As bets muito provavelmente estão levando parte do dinheiro que seria gasto comprando nossos produtos.

⌨️  Redes de texto em alta

Para a maioria do mercado, essas redes têm pouca relevância, mas é sempre bom ficar de olho: em 2024, redes sociais de texto experimentaram uma relevância que não viam há muito tempo.

Talvez seja o barulho do Elon Musk, talvez sejam as suspensões no Brasil, mas o fato é que X, Threads e Bluesky foram mais notadas neste ano.

O Threads, por exemplo, é uma rede para a qual ninguém dá muita importância, mas atingiu recentemente a marca de 275 milhões de usuários ativos. Há planos de abrir a plataforma para anunciantes já no início do ano que vem.

👷‍♂️ Novos jeitos de trabalhar

Enquanto isso, fora da internet: a redução da jornada formal de trabalho ocupou as pautas durante algumas semanas do ano.

Aqui no Brasil, se discutiu o fim da escala 6x1. No resto do mundo, se falou de uma redução de carga mais ambiciosa: publicamos em agosto um estudo realizado na intenção de avaliar como uma semana de 4 dias funcionaria na prática.

Nosso mercado não costuma contratar das formas tradicionais, mas o que se faz por aí é o que em breve chegará por aqui. É bom estar atento.

❗ O megavazamento no Google

Essa foi para quem se interessa por SEO: em maio, um megavazamento do Google expôs mais de 2.500 páginas detalhando o funcionamento do buscador. Informações internas mostrando práticas que, inclusive, o Google negava fazer. Ficou feio.

📣 TudoAds

Se teve uma coisa que não faltou em 2024, foi lugar para anunciar.

Neste ano noticiamos o surgimento (ou a ampliação) de: Discord Ads, Bluesky Ads, Reddit Ads, Mercado Ads, Netflix Ads… e só não falamos de outras várias para a coisa não ficar monótona.

O motivo de tanta proliferação: embora essa história tenha perdido força, por muito tempo permeou o mercado a ameaça de que o navegador Google Chrome acabaria com os cookies de terceiros.

Explicando: ficaria mais difícil monitorar o comportamento dos usuários — quem quisesse atingir uma pessoa que faz muitas compras online, por exemplo, teria de começar a se virar para pegar esse usuário de outra forma que não por cookies.

💛 Coisas que só a Primeira Página faz

Leitor da Primeira Página foi mimado em 2024: publicamos uma série de análises que você não encontra em nenhum outro lugar da internet.

Levando a sério nossa missão de trazer informação que dá ROI, soltamos por aqui matérias exclusivas falando sobre o uso do TikTok no nosso mercado, o tempo de carregamento das páginas no digital e o custo de produzir um evento presencial.

Obrigado por estar conosco no nosso primeiro ano! A gente se vê em 2025!

Quinta (já em 2025) tem mais!

A Primeira Página sai sempre às segundas e quintas-feiras — não é diária para dar saudade 😉